quarta-feira, 2 de março de 2011

NEM SÓ DE BELEZA VIVEM OS JARDINS!


Por Cássia Dias
Automaticamente ao ouvirmos ou falarmos de Paisagismo remetemo-nos a idéia de natureza, meio ambiente, ecologia, sustentabilidade, mas na prática não é bem assim. Para que um jardim e/ou paisagismo tenha caráter ecológico e sustentável, ele deve obedecer alguns princípios de sustentabilidade, significando o termo sustentável como “ fornecer o melhor para as pessoas e  para o meio ambiente, tanto no presente como no futuro”. WAYDZIK, Dagoberto. 2011.
Embora seja qual for o modelo de projeto de Paisagismo implantado, todos levam em conta 3 (três) pontos fundamentais:

1 – As Condições Ambientais representam os aspectos naturais e sociais do local, com base nessas informações é possível caracterizar a área com fins estabelecer a melhor maneira de planejamento  do projeto.
2 – As Necessidades representam os anseios do proprietário de maneira que envolva a estética e funcionalidade ao mesmo tempo de maneira equilibrada e harmoniosa, quando ambos são considerados o projeto tende a obter mais sucesso que aqueles que desprezam um desses itens. Nada melhor para o proprietário, usufruir de seu jardim e paisagismo de maneira que possa lhe ser útil e agradável.
3 – Os Recursos no projeto de paisagismo envolve recursos Naturais e Financeiros: o primeiro compreende a disponibilidade de materiais, espécies vegetais e até mão de obra pra a implantação do jardim; o segundo refere-se a disponibilidade financeira do proprietário para todas as etapas da obra, desde o projeto à sua implantação.

Todavia para se ter um jardim que ultrapasse a função estética e alcance níveis de planejamento mais funcionais e de conservação, comumente dito como Jardim ecológico. O planejamento verdadeiramente ECOPAISAGISTICO ou PAISAGISMO SUSTENTÁVEL é necessário algumas considerações com fins projetar os ambientes externos recriando os jardins e a paisagem com prevenção ambiental. É fundamental aplica princípios de sustentabilidade como:

- Fazer uma leitura aguçada das características ambientais e da situação tanto local, quanto do entorno;

- Averiguar a inserção da área em algum ecossistema específico;

- Identificar possíveis intervenções locais, com fins corrigir e solucionar problemas de má locação de equipamentos, e de qualquer outro elemento que possa está sofrendo ou venha sofrer desgaste.

- Reconhecer o potencial de materiais abandonados e descartados como forma incorporá-los ao projeto de paisagismo, garantindo o reaproveitamento, e a economia de recursos naturais e financeiros. Reutilizar e Reciclar.

- Levantamento das Espécies vegetais existentes no local, como forma a mantê-las e/ou remanejá-las;

- Optar por espécies nativas à exóticas para repovoamento da flora e fauna nativa e o cuidado com espécies invasoras, que disputam espaço e competem com a flora local;

- Adquirir e optar por materiais com certificados de produção ecológicos, produzidos com menor custo ambiental;

- Optar por métodos que denotem economia de consumo de água e energia; como há exemplos dos sistemas de cisternas para o reaproveitamento de água pluviais na irrigação em épocas de maior estiagem; e projetos luminotécnicos de baixo impacto que faz uso de lâmpadas de menor consumo de energia bem como na pontuação mínima de focos de luz;

- Cuidados com produtos poluentes e contaminantes, como a exemplo dos herbicidas e defensivos agrícolas, que além de contaminarem o solo, prejudicam também o lençol freático e os cursos d’água;

- Criação de áreas mais arborizadas com fim, amenizar impactos ambientais causados pelas atividades humanas;

- Atenção a regulamentação das leis ambientais;

 - Evitar todo tipo de desperdícios na obra;

- Tomar medidas de manutenção e conservação do jardim implantado;

 De qualquer maneira tomando esses e outros cuidados, uma vez que cada situação é especifica, tem-se que o projeto de paisagismo está a caminho do sucesso, e todos agradecem, sobretudo o Meio Ambiente.

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